Um ano após ter sido implantado pelo governo do Rio Grande do Sul com
apoio do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e outros parceiros,
o Programa Leite Gaúcho comemora resultados positivos e metas
alcançadas.
Com a contribuição do Leite Gaúcho, que já tem 40 mil produtores
cadastrados por meio de 70 cooperativas, a produção estadual este ano
atingiu dez milhões de litros/dia, o que representa um aumento de 11% em
relação aos nove milhões de litros/dia de 2011.
Além de aumentar a renda e a produtividade dos agricultores de
base familiar, e de melhorar, substancialmente, a qualidade do leite no
estado, o programa contribui com projetos de combate à pobreza extrema,
por meio de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), capacitação,
monitoramento da produção e acesso a crédito subsidiado entre outras.
O MDA apoia a qualificação e capacitação dos produtores por meio
de chamadas públicas para prestação de serviços de Assistência Técnica e
Extensão Rural (Ater). No estado, a Empresa de Assistência Técnica e
Extensão Rural (Emater), em um ano, beneficiou 30 mil produtores de
leite com ações de qualificação da produção e capacitação.
Parceiros
O MDA e os ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
(MDS) e da Educação (MEC/FNDE) têm papel fundamental na implementação do
programa com investimentos para sua execução, bem como na garantia de
acesso a mercado por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o
Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).
No caso do MDA, além da Ater, uma das contribuições mais
importantes para o êxito do Leite Gaúcho vem do programa de entrega de
retroescavadeiras, que integra as ações da segunda fase do Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC 2) e ajuda a melhorar as condições das
estradas vicinais. A ação facilita o escoamento da produção nos
municípios onde a produção agrícola é essencialmente proveniente da
agricultura familiar e melhora, também, o acesso da juventude rural à
rede de ensino estadual.
Público-alvo
O público-alvo do Programa são os produtores que já se encontram
na atividade leiteira, mas o Leite Gaúcho também visa atrair novas
famílias, assentadas da reforma agrária e do crédito fundiário, além de
quilombolas e indígenas. Outro público-alvo são ex-produtores de tabaco
que, deste modo, podem aproveitar a oportunidade de ingressar em uma
atividade com retorno imediato, renda mensal e mercado assegurado.
De acordo com o diretor da Secretaria de Desenvolvimento Rural, da
Pesca e Cooperativismo (SDR) do Rio Grande do Sul, José Adelmar
Batista, que também é diretor da Agricultura Familiar do estado e
coordenador do Leite Gaúcho, os serviços de Ater são de grande
relevância para o Programa.
Batista destaca que, para aumentar a produtividade, é preciso um
trabalho de melhoramento genético e de manejo da alimentação animal, o
que só é possível por meio de cursos para que o agricultor possa
entender melhor o que ele precisa melhorar. “Às vezes, o agricultor fica
parado numa atividade que não está dando lucro simplesmente por falta
de capacitação ou de uma qualificação melhor”, explica.
A produtividade do gado leiteiro gaúcho é uma das maiores do
Brasil, chegando a 2.336 litros/vaca ordenhada por ano. No entanto,
menos de 50% do leite produzido se enquadra nas exigências da legislação
federal vigente que trata da normas da produção nacional de leite.
Existem, no Rio Grande do Sul, 441 mil estabelecimentos rurais e 134 mil
produtores de leite, onde 70% comercializam menos de 100 litros/dia,
segundo o mais recente Censo Agropecuário, de 2006.
Esse é o motivo, segundo José Batista, de um dos focos
prioritários do programa estar centrado na qualidade. “Nós queremos que
os agricultores se adaptem, o quanto antes, às exigências estabelecidas
pela nova Instrução Normativa nº 62, publicada em 30 de dezembro de 2011 no Diário Oficial da União”, frisa o diretor da SDR.
Zoonoses
O Leite Gaúcho também dedica capítulo especial à questão das
doenças provocadas em seres humanos por microorganismos presentes no
leite e seus derivados, uma vez que, embora sejam produzidos por animais
saudáveis, a contaminação pode ocorrer. Neste item, o Rio Grande do Sul
conta com a vantagem de ser pioneiro no controle de zoonoses, tendo
erradicado em alguns territórios doenças como a brucelose e a
tuberculose.
Como participar
Para ingressar no programa, os produtores precisam estar enquadrados na Lei da Agricultura Familiar,
além de se cadastrarem junto ao escritório local da Emater, por meio de
cooperativas e empresas de produtos lácteos participantes do Programa.
O acesso é livre e gratuito. Segundo José Batista, o único custo é
o do deslocamento do agricultor da propriedade dele até a cidade onde
ocorre a capacitação. “Mas se houver necessidade de se deslocar até uma
cidade que não seja muito distante, o transporte poderá ser feito de
graça por meio da parceria com associações e cooperativas”, informa.
Para saber mais sobre o programa, basta acessar o site www.sdr.rs.gov.br ou solicitar informações pelo e-mail leitegaucho@sdr.rs.gov.br.
“Quando a última árvore for derrubada, quando o último rio for envenenado, quando o último peixe for pescado, só então nos daremos conta de que dinheiro não se come”. Provérbio Indígena
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