A semana termina com uma boa notícia para a agricultura familiar
paulistana. Mais de 30 técnicos e agentes de São Paulo que prestam
serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) receberam um
curso de formação sobre o acesso e as alterações nas linhas de
financiamento dos programas do Ministério do Desenvolvimento Agrário
(MDA), anunciadas no lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar
2012/2013 para o estado, no último dia 21. A intenção foi atualizar e
capacitar os profissionais e detalhar o Plano, que destinou R$ 970,9
milhões para investimentos na agricultura familiar local.
Os temas trabalhados durante a formação foram o Programa Nacional
de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), o Seguro Agrícola da
Agricultura Familiar (Seaf) e o Programa e Garantia de Preços para a
Agricultura Familiar (PGPAF), que integram o Plano Safra. Os agentes e
técnicos foram enviados ao evento pelo Instituto Nacional de Colonização
e Reforma Agrária (Incra) do estado e por entidades prestadoras de
serviços de Ater. Além deles, participaram agentes bancários e
representantes de movimentos sociais e de sindicatos de trabalhadores e
trabalhadoras rurais.
O delegado federal do MDA em São Paulo, José Reinaldo Prates da
Silva, explicou a importância da capacitação e do Plano para a
agricultura familiar. “São muitos os agricultores familiares e
assentados que querem e precisam acessar esses créditos. Precisamos
integrar ações em todas as esferas – federal, estadual, municipal – para
garantir a implementação do Plano Safra em São Paulo, evitando a
devolução de recursos”, destacou o delegado.
Como as diretrizes do Plano Safra estão ligadas diretamente ao
fomento da produção, o superintendente regional do Incra em São Paulo,
Wellington Diniz Monteiro, reforçou a importância de consolidar a Ater
no estado. “Temos o Plano Safra com seus créditos e mercados
institucionais, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o
Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). O grande desafio é ter
assistência técnica e extensão rural para que as famílias possam
produzir e comercializar”, concluiu Monteiro.
Investimentos
Só para São Paulo o Plano Safra prevê o total de R$
970,9 milhões. Desse montante, R$ 780 milhões estão destinados ao Pronaf
– R$ 400 milhões para operações de custeio e R$ 380 milhões para
investimento nas propriedades rurais. O estado possui 72,3 mil famílias
agricultoras com Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), documento que
comprova a identidade do agricultor familiar e permite o acesso às
linhas de financiamento do Pronaf.
Os serviços de Ater receberam um reforço de mais de R$ 10 milhões
para os agricultores paulistas. O PAA tem disponível R$ 6,4 milhões para
aquisição da produção familiar e o Pnae, R$ 174,3 milhões.
O limite de renda bruta anual do agricultor familiar subiu de R$
110 mil para R$ 160 mil, com o Plano Safra 2012/2013. O limite de
financiamento de custeio, que era de R$ 50 mil, também foi ampliado para
R$ 80 mil, enquanto o investimento foi elevado para R$ 130 mil.
Cooperativas e agroindústrias também têm limites maiores a partir desta
safra para investimento: o valor passou de R$ 10 milhões para R$ 30
milhões.
“Quando a última árvore for derrubada, quando o último rio for envenenado, quando o último peixe for pescado, só então nos daremos conta de que dinheiro não se come”. Provérbio Indígena
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