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quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

06 de dezembro: Dia do Extensionista Rural

O Dia Nacional do Extensionista Rural, instituído pela Lei nº 12.386, é hoje dia 6 de dezembro. No Tocantins, a Extensão Rural é feita pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins, o Ruraltins, que desde de 21 de abril de 198, o Instituto tem levado conhecimento não formal aos agricultores, políticas públicas para o segmento e cidadania para aqueles que alimentam o nosso estado .No Tocantins, a extensão rural oficial, está presente junto às famílias rurais há quase 30 anos. No Estado, o trabalho da extensão rural foi constituído oficialmente em 21 de abril de 1989, com a criação do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), se tornando hoje a maior aliada dos agricultores, especialmente para os pequenos produtores. Sua força de trabalho está dividida em 97 cidades, alcançando os 139 municípios do Estado, entre as áreas econômicas, social e ambiental, composta por mais de 400 profissionais, como médicos veterinários, agrônomos, zootecnistas, engenheiros de alimentos, agrícola, pesca, assistentes social, economistas domésticas, técnicos agropecuários e agrícolas, dentre outros.

Hoje, os 25 mil extensionistas rurais se fazem presentes em 5.320 municípios brasileiros. Graças a eles, mais de 400 mil produtores familiares são atendidos. Com o atendimento total, que inclui médios e grandes agricultores, esse público pode chegar a 500 mil. O sistema de extensão rural foi criado em Minas Gerais justamente no dia 6 de dezembro. O ano era o de 1948. Logo, a onda tomou conta gradual e rapidamente em todo o País. A prática posta em andamento conquistou os produtores. A atuação do extensionista se compara ao do padre em desobriga, que existia no passado. O sucesso do sistema decorre da confiança mútua. O extensionista tem uma maneira de comunicar bastante singular e que conquista. Os resultados assim fluem mais fáceis.


Se o Brasil obtém sucessivos recordes de produção e de produtividade o extensionista tem tudo a ver. A preservação da natureza está sempre no seu embornal. O aperfeiçoamento constante dessa mão-de-obra, agregação de valores, entre outros fatores, são contribuições dadas por esse personagem da história do desenvolvimento da atividade agrícola pecuária deste País. Mas, quem é esse profissional que muita gente da cidade ignora? Ele é um profissional de inúmeras áreas do conhecimento – engenheiros agrônomos, médicos veterinários, assistentes sociais, engenheiros florestais, jornalistas, entre outros. São essas figuras que de forma informal proporciona educação no campo. São eles que desenvolvem processos de gestão, produção, beneficiamento e comercialização das atividades e dos serviços agropecuários. Atualmente, o grande foco é o da agricultura familiar.

Em Goiás, dois nomes despontam no cenário extensionista pioneiro: Vicente Benjamim de Albuquerque e Josias Luiz Guimarães. Os dois propiciam livros e grandes documentários. A eles temos que nos curvar e agradecer pelos destinos da agropecuária no Centro-Oeste. Tudo começou com a criação da Acar (Associação de Crédito e Assistência Rural), inspirada pela Fundação Rockfeller, pelo então presidente Jânio Quadros, em maio de 1961. O sistema se deslanchou de tal maneira que houve necessidade de transformar a Acar em Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural. A dinâmica resultou na Emater em todos os Estados.

O governo entendeu por bem criar a Embrater, com o objetivo de coordenar todo o sistema brasileiro, com sede em Brasília. Infelizmente, o presidente Fernando Collor de Mello extinguiu a empresa num de seus atos de loucura. Vicente Benjamim de Albuquerque chegou a ser um dos seus diretores técnicos. A recriação da Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural (Embrater) vem sendo defendida atualmente no Congresso Nacional. É, sem dúvida, de importância vital para o desenvolvimento da atividade agropecuária nacional. Pela instituição, os recursos podem ser distribuídos melhor e canalizados às Emateres e, conseqüentemente, aos agricultores e pecuaristas.


Presente no dia a dia das famílias rurais, o Ruraltins tem um papel primordial de levar tecnologias e desenvolvimento ao meio rural e orientar as famílias, sendo os extensionistas importantíssimos nesse processo. Só este ano, o órgão beneficiou mais de 19 mil famílias, com as ações promovidas pelos extensionistas.
O público alvo do Ruraltins são famílias de pequenos agricultores, que em muitos casos contam apenas com a instituição para melhorar sua produção e renda, por meio de políticas públicas ofertadas pelos governos federal e estadual.
A agricultora familiar Aparecida das Dores, moradora do município de Santa Rosa, representa uma das milhares de famílias atendidas pelo Ruraltins. Proprietária de uma pequena agroindústria de bolos e biscoitos, a agricultora viu sua renda melhorar após o acompanhamento e orientação dos extensionista do Ruraltins.
“Antes eu vendia pouco, não tinha muita orientação, depois que o Ruraltins me visitou e me ajudou, tudo foi melhorando. Hoje tenho uma pequena agroindústria onde trabalha a família. Sou eu, minha mãe, irmã e cunhada. Aumentei a minha produção, passei a vender mais. Também estou no Programa de Aquisição de Alimentos/Compra Direta e no Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) que ajudam muito. Agora tenho renda e vida melhor e daqui para frente é crescer cada vez mais com ajuda do Ruraltins”, disse animada a agricultora.
Valdinei Silva Souza é um exemplo dos diversos extensionistas que executam suas atividades no interior do Tocantins.  Atuando há mais de 10 anos na extensão rural, entre empresas privadas e estaduais, executando ações que beneficiam os agricultores, hoje desenvolve suas funções no Projeto Manoel Alves, um dos maiores centro de produção de frutas irrigado  do país, localizado em Dianópolis.
“Vejo a extensão rural como um grande compromisso. Eu tenho orgulho de ser extensionista e colaborador que contribui para a melhoria, tanto na produção como na qualidade de vida dos produtores, por meios das tecnologias desenvolvidas, geradas por fontes de pesquisas e construídas juntamente com eles. Ver a satisfação no olhar dos agricultores depois de bons resultados na produção e melhoria de vida das famílias, não tem nada que pague. As nossas orientações são repassadas aos agricultores e com os saberes deles, construímos um caminho mais seguro. Eles executam as tecnologias por acreditarem em nosso trabalho. Ser extensionista para mim é ter a certeza de ser útil, especialmente para aqueles que mais precisam de nós, que são os pequenos agricultores”, comentou o extensionista.
Para o presidente do Ruraltins, Sebastião Pelizari Junior, não tem como olhar o desenvolvimento do Estado e do país, sem passar pelo trabalho da extensão rural.
“O extensionista é um agente social de mudança, de desenvolvimento e ação social no campo. São profissionais valorosos, que merecem todo nosso respeito. Seu trabalho contribui substancialmente para a implementação das políticas públicas no meio rural. Não tem como pensarmos em desenvolvimento rural sem passar pela ação do extensionista. Quero aqui parabenizar todos vocês, que de forma direta contribuem para a melhoria da qualidade de vida das famílias que vivem no campo a espera de uma oportunidade, que muitas vezes só chegam via ação extensionista. O Papel do extensionista é um dos mais nobres que existem”, comentou o presidente.

Ainda de acordo com o presidente, “dados do IBGE destacam que o agricultor que conta com apoio da extensão rural, tem uma renda em torno de R$ 2.368,00, enquanto que sem assistência técnica, é de cerca de R$ 714,00, ou seja, quem mantem esse agricultor no campo com qualidade de vida e evitando o êxodo rural é o trabalho da assistência técnica e extensão rural.


Fontes: Wandell Seixas e Lúcia Brito 

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