Nunca é demais lembrarmos das histórias do primeiro caso de melamina na China; produto rico em nitrogênio que era usado para fraudar o leite. Tinha o mesmo fundamento químico e objetivo do caso brasileiro que usou fertilizante à base de uréia (rica em nitrogênio), que era: UTILIZAR NITROGÊNIO NÃO PROTEICO PARA BURLAR EXAMES DE TEOR DE PROTEÍNA NO LEITE.
Grande parte dos laticínios no mundo, hoje, paga o leite pelo teor de proteína presente.
O nitrogênio da melamina, por exemplo, no exame de rotina não foi distinguido do nitrogênio presente nos aminoácidos naturais do leite. Assim, como o teste de teor de proteína se baseia num cálculo estequiométrico a partir do teor de nitrogênio da amostra, se calcula a proteína total a partir de um “nitrogênio” que não é 100% protéico, devido à fraude. Desta forma, os fraudadores tiveram êxitos nas suas pretensões em ganhar mais dinheiro adicionando água e fazendo a compensação com o nitrogênio não protéico da uréia (vendiam água por leite, mantendo o teor de proteína supostamente dentro do padrão).
Na época do caso chinês foram publicadas aqui no grupo, de forma exaustiva inclusive, o caso completo da China.
É importante também que o MAPA esteja alerta para esta questão da melamina aqui no Brasil também, por ser uma fraude ainda mais sofisticada e que pode ser aplicada pelos comerciantes desonestos de leite refrigerado a granel, lesando indústrias e consumidores (na China, 300 mil crianças tiveram lesões renais pela melamina).
Destacamos que, no caso da China, grandes empresas multinacionais e de destaque mundial, que também atuam na Ásia, foram burladas por esses comerciantes maldosos.
Roberto Amaral
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