Duzentas cooperativas da agricultura familiar brasileira receberão
serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) voltados
exclusivamente para gestão, fortalecimento e inserção de seus
empreendimentos no Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e
outros mercados. Os serviços serão oferecidos pelas entidades executoras
de Ater selecionadas na Chamada Pública nº 04/2012, divulgada no site do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), nesta segunda-feira (1º).
Com o recurso de R$ 25 milhões, os serviços de Ater contratados
serão ofertados para cooperativas de 13 estados: Alagoas, Ceará,
Maranhão, Minas Gerais, Pernambuco, Paraíba, Piauí, Paraná, São Paulo,
Sergipe, Santa Catarina, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul.
Juntos, esses estados concentram 85% do valor total do repasse do Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para compra da
agricultura familiar para a alimentação escolar.
Lançada em junho passado, a chamada pública foi estruturada em
sete lotes e registrou a concorrência de 24 instituições, entre públicas
e privadas, previamente credenciadas no Sistema de Ater Pública
(Siater). Entre os itens avaliados, a seleção considerou a experiência
das entidades na execução de atividades de Ater para comercialização nos
últimos dez anos; a experiência e composição da equipe técnica que
executará o serviço contratado; e a qualidade da proposta técnica.
A chamada, elaborada pela Secretaria de Agricultura Familiar
(SAF), coordenada pelos departamentos de Assistência Técnica e Extensão
Rural (Dater/MDA) e de Geração de Renda e Agregação de Valor
(Dgrav/MDA), tem validade de 24 meses.
As entidades selecionadas serão incluídas na Rede Nutre Brasil,
uma iniciativa estratégica da SAF que oferece assistência técnica às
organizações econômicas da agricultura familiar para que estas se
adequem às demandas das entidades executoras do Pnae. O Projeto Nutre já
atua no Nordeste, São Paulo, Rio de Janeiro, Pará e Minas Gerais.
O orçamento para o Pnae em 2012, para atender à demanda da
alimentação escolar de 45 milhões de alunos em todo País, é de R$ 3,3
bilhões. Deste total, no mínimo, R$ 1 bilhão se destina à compra de
produtos da agricultura familiar para a alimentação escolar. Para
atender a este mercado é necessário que as organizações da agricultura
familiar estejam qualificadas, garantindo a comercialização de produtos
in natura e beneficiados.
Programa Nacional de Alimentação Escolar
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) tem como
objetivo oferecer alimentação saudável aos 45 milhões de estudantes de
escolas públicas de todo o Brasil ao mesmo tempo em que estimula a
agricultura familiar.
Desde 2009, a Lei nº 11.947, regulamentada pelo Conselho
Deliberativo do Fundo Nacional de Desenvolvimento Econômico (FNDE),
estabelece que, no mínimo, 30% dos recursos do Fundo destinados à compra
de alimentos para instituições de ensino sejam reservados à aquisição
de produtos de agricultores familiares e suas organizações. A
obrigatoriedade incentiva a economia local e gera aumento de renda.
Assentados da reforma agrária, comunidades tradicionais, indígenas
e quilombolas têm prioridade no Pnae. Atualmente, são servidos nas
escolas pratos como escondidinho de macaxeira com carne de sol e
hortaliças ou bolo de jerimum com coco, por exemplo, cardápios que
privilegiam o uso de produtos regionais e de acordo com a estação.
“Quando a última árvore for derrubada, quando o último rio for envenenado, quando o último peixe for pescado, só então nos daremos conta de que dinheiro não se come”. Provérbio Indígena
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